segunda-feira, setembro 05, 2005
Em cada possibilidade...
Um amigo meu gosta de dizer uma frase: "Em cada possibilidade há uma adversidade, mas em cada ameaça há sempre uma possibilidade.". Essa frase provavelmente não é dele, mas sim um jargão do mundo dos negócios que às vezes ele coloca em alguma conversa sobre oportunidades profissionais que temos.
Eu gosto dessa frase pela maneira (não tão) simples com a qual ela retrata um panorama que parece repetir-se ciclicamente nos mercados globais, e que tornou-se brutalmente mais visível no mundo de TI.
Quando Taylor criou suas teorias sobre mercados praticamente cunhou o modelo que é adotado até hoje pelas grandes corporações para comercializar seus produtos. Muita coisa apareceu desde então, como as teorias de Marketing e noções mais precisas de psicologia de mercados e canais de acesso, mas o modelo macro-econômico global hoje é basicamente Taylor.
Henry Ford inventou a linha de produção e deu à sua Ford Motor Co. talvez a maior arma que uma única empresa já tenha conseguido na história do capitalismo. Isso proporcionou à Ford desbancar a Daimler-Benz (considerada a inventora do automóvel como o conhecemos hoje) na produção e comercialização de veículos para as massas no começo do século 20. Tudo para que no final do mesmo século 20 a Ford Motor estivesse à beira da bancarrota pela invasão dos modelos japoneses no mercado estado-unidense.
A Intel Corp recebeu a missão de desenvolver e comercializar o que talvez seja a plataforma de microprocessador mais difundida da história (o x86) da computação pessoal (Nota: excluí o Z80 da categoria porque a Zilog hoje tem como meta mercados diferentes da Intel). Liderou o desenvolvimento dos processadores por muito tempo para hoje seguir a AMD no mercado de 64-bits doméstico (o EMT64 é clone do AMDx86-64 assim como o 4x86 da AMD era clone do 4x86 da Intel).
A Apple criou sozinha o conceito de computador pessoal para hoje estar restrita a não mais do que 5% do mercado mundial de computadores pessoais. A IBM (que a rigor copiou o conceito da empresa da maçã) implementou um padrão tecnicamente inferior, mas que suplantou os outros competidores e tornou-se quase o único padrão no mercado hoje.
O panorama identificável que eu citei no começo do texto é o seguinte: grandes líderes que introduzem grandes conceitos quase nunca permanecem na liderança dos mercados que eles mesmos criaram. É curioso notar que normalmente líderes de mercado tendem, com o tempo, a serem superados ou terem seus produtos superados no mercado por empresas que antes eram seguidoras de tendências. A liderança de mercado têm imposto (em mercados globais de massa) a inferioridade técnica ou mercadológica.
Existem diversos exemplos a mais que poderiam ser citados, e o contrário parece sempre ser exceção. A Ford não é a maior produtora mundial de carros. A Apple não é a lider mundial no mercado de computadores domésticos. E de fato nem a IBM o é, pois já também perdera a liderança para outros. Os processadores da AMD têm sido considerados melhores que o da Intel em boa parte dos testes. A Microsoft popularizou seu sistema gráfico, inspirado no sistema da Apple, que por sua vez era inspirado no da Xerox.
E agora que o Microsoft Windows completa uma década de liderança absoluta no mercado, quase sem concorrentes, prepara-se para uma nova versão. Já falei em outros posts o que penso da Microsoft e suas campanhas publicitárias, e o que eu realmente espero do Windows Vista. Já falei também de como John C. Dvorak suspeita de que o Windows Vista não trará nenhuma grande novidade, coisa que eu mesmo já havia dito algum tempo antes. Mas parece-me que cada vez mais certos segmentos da mídia especializada em TI juntam-se à essa corrente: a turma que acredita que o Windows Vista será só um Windows e nada mais.
Saiu no Guia do Hardware um artigo sobre a opinião de dois colunistas estrangeiros que atestam que o lançamento do Windows Vista pode não ser uma ameaça ao GNU/Linux, mas sim uma oportunidade. Essa oportunidade que pode estar implícita no próximo lançamento da Microsoft deve ser avaliada e estudada e pode tornar-se real e acabar fortificando o GNU/Linux em sua trajetória na batalha contra o Windows.
Relatos como o do Wired News sobre um teste com o beta1 do Windows Vista colocam-me a pensar:
"Muito do que a Microsoft prometeu para o Vista nem sequer deu as caras nesse beta1, nem há uma diferença muito grande do Windows XP em termos de manejo do sistema."
Se em quatro anos de desenvolvimento a Microsoft não conseguiu implementar em seu beta1 coisas como um sistema de arquivos inteligente, porque em mais alguns meses ela conseguiria lançá-lo em versão final? Para um recurso tão importante do sistema (como a reestruturação do sistema de arquivos) um período de testes longo seria ideal para assegurar um bom funcionamento. Mas nem sinal desse recurso até agora.
"Uma diferença que pode ser notada no IE7 é a navegação por abas, como a do Mozilla (...) mas apenas isso será suficiente para impedir que os usuários optem por algo diferente?"
A Microsoft implementou (até que enfim) o recurso de abas, mas o discurso da maior segurança continua lá, em cada página de publicidade.
"O beta1 rodou vagarosamente em um PC com Athlon XP 2800 com 1GB de DRAM e uma ATi Radeon 9600."
Isso realmente era tudo que gostaríamos de ver no novo Windows, nossos hardwares sendo jogados no lixo. Argumentem à vontade que é apenas um Beta e que até a versão final muita gordura pode ser tirada para que o sistema rode mais rápido. E acordem: um Athlon XP 2800 com 1GB de RAM e ficou lento? Estou usando o Mandriva 2006 beta3 em um P3 800MHz com 640MB de RAM. Viva a Microsoft!
"A Microsoft diz que o Vista é totalmente compatível com a vasta maioria das aplicações existentes para Windows. Entretanto preféricos antigos, como scanners, cameras digitais e outros dispositivos podem apresentar problemas se seus fabricantes não oferecerem ao mercado drivers para o Vista"
E Steve Ballmer tem a pachorra de afirmar que o mundo do sotware livre é que não sabe integrar soluções. A cada versão do Windows é a mesma história, listas de incompatibilidades enormes e falta de suporte a dispositivos que todo mundo (ao menos no 3º mundo) usa. E os GNU/Linux é que não são intercompatíveis? Que é isso....
"O Beta1 do Windows Vista oferece essencialmente as mesmas funções de segurança que o Windows XP SP2 oferece"
Mas o discurso já manjado do "será mais seguro e melhor que qualquer outro Windows" continua presente em cada canto do site da Microsoft. Há a implementação de um sistema de propriedade de arquivos parecido com o sistema do UNIX, mas que no Beta 1 está desligado por padrão. Novamente: um recurso como esses só funciona bem se testado de debugado de acordo, coisa que a Microsoft não está fazendo, depois de ficar 4 anos desenvolvendo o sistema.
Coisas como o Monad, um sistema de shell e scripting parecidos com o BASH dos UNIXES que melhorariam a integração e implementação do Windows Vista em servidores já cogitam ser retirados do sistema e serem lançados como um produto separado, por mostrarem-se como pontos onde a segurança do sistema estaria altamente comprometida. De novo é mais fácil para a Microsoft fazer um sistema carente de recursos profissionais do que seguro de verdade.
Após ler esse tipo de análise fica uma sensação de que o Windows Vista será apenas uma maquiagem no Windows XP e que seus custos e falta de novidades realmente úteis sejam uma grande possibilidade para que o GNU/Linux continue crescendo no mercado corporativo e possa aparecer como alternativa para o mercado doméstico. E aí quando a Microsoft perder a liderança de mercado talvez busque de verdade ter um melhor produto, validando novamente a teoria da liderança perdida.
Eu gosto dessa frase pela maneira (não tão) simples com a qual ela retrata um panorama que parece repetir-se ciclicamente nos mercados globais, e que tornou-se brutalmente mais visível no mundo de TI.
Quando Taylor criou suas teorias sobre mercados praticamente cunhou o modelo que é adotado até hoje pelas grandes corporações para comercializar seus produtos. Muita coisa apareceu desde então, como as teorias de Marketing e noções mais precisas de psicologia de mercados e canais de acesso, mas o modelo macro-econômico global hoje é basicamente Taylor.
Henry Ford inventou a linha de produção e deu à sua Ford Motor Co. talvez a maior arma que uma única empresa já tenha conseguido na história do capitalismo. Isso proporcionou à Ford desbancar a Daimler-Benz (considerada a inventora do automóvel como o conhecemos hoje) na produção e comercialização de veículos para as massas no começo do século 20. Tudo para que no final do mesmo século 20 a Ford Motor estivesse à beira da bancarrota pela invasão dos modelos japoneses no mercado estado-unidense.
A Intel Corp recebeu a missão de desenvolver e comercializar o que talvez seja a plataforma de microprocessador mais difundida da história (o x86) da computação pessoal (Nota: excluí o Z80 da categoria porque a Zilog hoje tem como meta mercados diferentes da Intel). Liderou o desenvolvimento dos processadores por muito tempo para hoje seguir a AMD no mercado de 64-bits doméstico (o EMT64 é clone do AMDx86-64 assim como o 4x86 da AMD era clone do 4x86 da Intel).
A Apple criou sozinha o conceito de computador pessoal para hoje estar restrita a não mais do que 5% do mercado mundial de computadores pessoais. A IBM (que a rigor copiou o conceito da empresa da maçã) implementou um padrão tecnicamente inferior, mas que suplantou os outros competidores e tornou-se quase o único padrão no mercado hoje.
O panorama identificável que eu citei no começo do texto é o seguinte: grandes líderes que introduzem grandes conceitos quase nunca permanecem na liderança dos mercados que eles mesmos criaram. É curioso notar que normalmente líderes de mercado tendem, com o tempo, a serem superados ou terem seus produtos superados no mercado por empresas que antes eram seguidoras de tendências. A liderança de mercado têm imposto (em mercados globais de massa) a inferioridade técnica ou mercadológica.
Existem diversos exemplos a mais que poderiam ser citados, e o contrário parece sempre ser exceção. A Ford não é a maior produtora mundial de carros. A Apple não é a lider mundial no mercado de computadores domésticos. E de fato nem a IBM o é, pois já também perdera a liderança para outros. Os processadores da AMD têm sido considerados melhores que o da Intel em boa parte dos testes. A Microsoft popularizou seu sistema gráfico, inspirado no sistema da Apple, que por sua vez era inspirado no da Xerox.
E agora que o Microsoft Windows completa uma década de liderança absoluta no mercado, quase sem concorrentes, prepara-se para uma nova versão. Já falei em outros posts o que penso da Microsoft e suas campanhas publicitárias, e o que eu realmente espero do Windows Vista. Já falei também de como John C. Dvorak suspeita de que o Windows Vista não trará nenhuma grande novidade, coisa que eu mesmo já havia dito algum tempo antes. Mas parece-me que cada vez mais certos segmentos da mídia especializada em TI juntam-se à essa corrente: a turma que acredita que o Windows Vista será só um Windows e nada mais.
Saiu no Guia do Hardware um artigo sobre a opinião de dois colunistas estrangeiros que atestam que o lançamento do Windows Vista pode não ser uma ameaça ao GNU/Linux, mas sim uma oportunidade. Essa oportunidade que pode estar implícita no próximo lançamento da Microsoft deve ser avaliada e estudada e pode tornar-se real e acabar fortificando o GNU/Linux em sua trajetória na batalha contra o Windows.
Relatos como o do Wired News sobre um teste com o beta1 do Windows Vista colocam-me a pensar:
"Muito do que a Microsoft prometeu para o Vista nem sequer deu as caras nesse beta1, nem há uma diferença muito grande do Windows XP em termos de manejo do sistema."
Se em quatro anos de desenvolvimento a Microsoft não conseguiu implementar em seu beta1 coisas como um sistema de arquivos inteligente, porque em mais alguns meses ela conseguiria lançá-lo em versão final? Para um recurso tão importante do sistema (como a reestruturação do sistema de arquivos) um período de testes longo seria ideal para assegurar um bom funcionamento. Mas nem sinal desse recurso até agora.
"Uma diferença que pode ser notada no IE7 é a navegação por abas, como a do Mozilla (...) mas apenas isso será suficiente para impedir que os usuários optem por algo diferente?"
A Microsoft implementou (até que enfim) o recurso de abas, mas o discurso da maior segurança continua lá, em cada página de publicidade.
"O beta1 rodou vagarosamente em um PC com Athlon XP 2800 com 1GB de DRAM e uma ATi Radeon 9600."
Isso realmente era tudo que gostaríamos de ver no novo Windows, nossos hardwares sendo jogados no lixo. Argumentem à vontade que é apenas um Beta e que até a versão final muita gordura pode ser tirada para que o sistema rode mais rápido. E acordem: um Athlon XP 2800 com 1GB de RAM e ficou lento? Estou usando o Mandriva 2006 beta3 em um P3 800MHz com 640MB de RAM. Viva a Microsoft!
"A Microsoft diz que o Vista é totalmente compatível com a vasta maioria das aplicações existentes para Windows. Entretanto preféricos antigos, como scanners, cameras digitais e outros dispositivos podem apresentar problemas se seus fabricantes não oferecerem ao mercado drivers para o Vista"
E Steve Ballmer tem a pachorra de afirmar que o mundo do sotware livre é que não sabe integrar soluções. A cada versão do Windows é a mesma história, listas de incompatibilidades enormes e falta de suporte a dispositivos que todo mundo (ao menos no 3º mundo) usa. E os GNU/Linux é que não são intercompatíveis? Que é isso....
"O Beta1 do Windows Vista oferece essencialmente as mesmas funções de segurança que o Windows XP SP2 oferece"
Mas o discurso já manjado do "será mais seguro e melhor que qualquer outro Windows" continua presente em cada canto do site da Microsoft. Há a implementação de um sistema de propriedade de arquivos parecido com o sistema do UNIX, mas que no Beta 1 está desligado por padrão. Novamente: um recurso como esses só funciona bem se testado de debugado de acordo, coisa que a Microsoft não está fazendo, depois de ficar 4 anos desenvolvendo o sistema.
Coisas como o Monad, um sistema de shell e scripting parecidos com o BASH dos UNIXES que melhorariam a integração e implementação do Windows Vista em servidores já cogitam ser retirados do sistema e serem lançados como um produto separado, por mostrarem-se como pontos onde a segurança do sistema estaria altamente comprometida. De novo é mais fácil para a Microsoft fazer um sistema carente de recursos profissionais do que seguro de verdade.
Após ler esse tipo de análise fica uma sensação de que o Windows Vista será apenas uma maquiagem no Windows XP e que seus custos e falta de novidades realmente úteis sejam uma grande possibilidade para que o GNU/Linux continue crescendo no mercado corporativo e possa aparecer como alternativa para o mercado doméstico. E aí quando a Microsoft perder a liderança de mercado talvez busque de verdade ter um melhor produto, validando novamente a teoria da liderança perdida.
Comments:
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Falcon_Dark, se eu não o parabenizei anteriormente pelos belos artigos já publicados farei isso de uma só vez, gosto muito do seu estilo de escrita, e dos assuntos abordados (desde a GPL até jogos e bill gates), o que me deixa indignado (mesmo) é eu pagar a INFO pra ler o "boboca" John C. Dvorak falar asneiras, e receber por isso. Já o acesso ao seu blog, é livre e irrestrito. Falando em blogs, já çeste o blog do Dvorak? Não tem nada de útil, igual aos artigos dele.
Parabéns novamente e abração!
Parabéns novamente e abração!
Olá Rafael, obrigado pelos elogios. Fico muito feliz quando recebo qualquer tipo de retorno das pessoas que passam por aqui para ler o que eu escrevo. Mas devo confessar que quando recebo elogios desse tipo é muito melhor! hehe Mensagens como a sua revigoram o ânimo e dão aquela sensação de que está valendo a pena fazer algo. Muito obrigado por me estimular a continuar escrevendo este blog.
Esse estímulo é a úniga gratificação que a maioria das pessoas que produz conteúdo livre recebe. Programadores livres adoram ver a comunidade adotando seus softwares para sentirem isso, uma espécie de recompensa ética que faz você sentir-se útil.
Essa talvez seja a grande vantagem que pessoas como eu têm sobre pessoas como o Dvorak. Eu posso escrever sobre o que quiser, como eu quiser (o que me permite até falar algumas asneiras de vez em quando). E como meu único compromisso é com a minha satisfação pessoal em fazer isso, sou livre e crio conteúdo livre. Dvorak e outros colunistas tem prazos a cumprir e ordens para obedecer. Você não lerá na Info uma coluna do Dvorak dizendo que o Windows Vista é ruim e não deve ser adotado (ou comprado) na edição do mês de lançamento desse sistema (quando provavelmente a Microsoft publicará propagandas de duas páginas na revista). Dvorak não poderá fazer isso, por mais que sua ética diga que isso é o que deva ser feito.
Pessoas como eu e todos os outros anônimos que fazem parte da comunidade estarão livre para fazer e dizer o que pensem. Estar livre para dizer o que pensa, estar livre para usar e modificar e redistribuir o software, são faces de uma mesma filosofia, a democracia digital. Esta hoje encontra sua maior força e grende reduto em nós, a comunidade de software livre.
Em um mundo onde conhecimento é poder, não estamos apenas criando softwares, manuais, resenhas técnicas, textos e idéias melhores que as grandes corporações oligopolistas. Estamos também nos tornando mais fortes e poderosos enquanto usuários e consumidores. Isso tudo vai mudar o mundo de uma maneira que só ficará clara daqui à alguns anos. Nesse meio tempo já me basta a consciência de que estamos em meio à uma revolução, e fazendo parte dela!
Mais uma vez obrigado pelos elogios e pelo seu retorno.
Grande Abraço.
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Esse estímulo é a úniga gratificação que a maioria das pessoas que produz conteúdo livre recebe. Programadores livres adoram ver a comunidade adotando seus softwares para sentirem isso, uma espécie de recompensa ética que faz você sentir-se útil.
Essa talvez seja a grande vantagem que pessoas como eu têm sobre pessoas como o Dvorak. Eu posso escrever sobre o que quiser, como eu quiser (o que me permite até falar algumas asneiras de vez em quando). E como meu único compromisso é com a minha satisfação pessoal em fazer isso, sou livre e crio conteúdo livre. Dvorak e outros colunistas tem prazos a cumprir e ordens para obedecer. Você não lerá na Info uma coluna do Dvorak dizendo que o Windows Vista é ruim e não deve ser adotado (ou comprado) na edição do mês de lançamento desse sistema (quando provavelmente a Microsoft publicará propagandas de duas páginas na revista). Dvorak não poderá fazer isso, por mais que sua ética diga que isso é o que deva ser feito.
Pessoas como eu e todos os outros anônimos que fazem parte da comunidade estarão livre para fazer e dizer o que pensem. Estar livre para dizer o que pensa, estar livre para usar e modificar e redistribuir o software, são faces de uma mesma filosofia, a democracia digital. Esta hoje encontra sua maior força e grende reduto em nós, a comunidade de software livre.
Em um mundo onde conhecimento é poder, não estamos apenas criando softwares, manuais, resenhas técnicas, textos e idéias melhores que as grandes corporações oligopolistas. Estamos também nos tornando mais fortes e poderosos enquanto usuários e consumidores. Isso tudo vai mudar o mundo de uma maneira que só ficará clara daqui à alguns anos. Nesse meio tempo já me basta a consciência de que estamos em meio à uma revolução, e fazendo parte dela!
Mais uma vez obrigado pelos elogios e pelo seu retorno.
Grande Abraço.
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