quinta-feira, março 03, 2005
Talvez você não saiba...
O governo estado-unidense encomendou uma pesquisa à sua agência central de inteligência sobre o panorama econômico e político mundial para os próximos 15 anos. O resultado é uma visão surpreendente que nos ajuda a compreender melhor como o governo dos EUA vêm agindo ultimamente. Trago alguns trechos que foram publicados pelo jornal O Globo em 17 de Janeiro de 2005 e foram retirados do site do Partido Popular Socialista do Brasil. Se você desejar ler a matéria completa, e eu recomendo isso fortemente acesse este link.
A emergência de quatro países como influentes atores globais — China, Índia, Brasil e Indonésia — e, principalmente, uma potencial forte aliança entre eles farão surgir não apenas um novo e poderoso bloco como também provocará transformações significativas na geopolítica mundial ao longo dos próximos 15 anos.
E instituições como as Nações Unidas, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial correrão o risco de se tornarem obsoletas se não se ajustarem às mudanças que serão provocadas pelo surgimento desse novo pólo de poder.
As potências arrivistas — China, Índia, e talvez outras como Brasil e Indonésia — poderão promover um novo conjunto de alinhamentos internacionais, marcando potencialmente uma ruptura definitiva de algumas instituições e práticas pós-Segunda Guerra”, diz um trecho do estudo obtido pelo GLOBO, e que deverá ser divulgado esta semana pelo NIC. As sugestões dos analistas que servirão de base à reavaliação da política externa americana, diante das previsões contidas no estudo, permanecerão sigilosas.
Outro trecho assinala que “China, Índia, Brasil e Indonésia têm o potencial de tornar obsoletas as antigas categorias de Leste e Oeste, Norte e Sul, alinhados e não-alinhados, desenvolvidos e em desenvolvimento. Tradicionais grupamentos geográficos cada vez mais perderão destaque nas relações internacionais.”
O Brasil é definido nesse quadro como “um país com vibrante democracia, economia diversificada e população empreendedora, um grande patrimônio nacional e sólidas instituições econômicas”. Os analistas do NIC insinuam que o Brasil estaria numa posição privilegiada pois continuará sendo encarado como “um parceiro natural tanto dos EUA quanto da Europa, quanto das potências emergentes China e Índia, “e tem ainda o potencial de aumentar a sua influência como um grande exportador de petróleo”.
A economia do Brasil poderá ser igual à dos países ricos da Europa, e a da Indonésia se aproximará desse índice. Assim como a Europa, o Japão e a Rússia sofrerão a crise do envelhecimento de sua população e do baixo índice de nascimentos. Segundo o estudo, apesar de a economia mundial continuar crescendo “de forma impressionante” até 2020 — ela deverá ser 80% maior do que a de 2000 e a média per capita será 50% mais alta —, os benefícios da globalização não serão gerais.
No entanto, em alguns deles (países latino americanos), “as falhas das elites em se adaptar às crescentes exigências dos mercados livres e da democracia provavelmente alimentarão um renascimento do populismo e incitarão movimentos indígenas”, adverte a previsão para os próximos 15 anos.
A globalização, segundo o estudo do Conselho Nacional de Inteligência dos EUA, poderá aprofundar a divisão e servir para separar ainda mais os países latino-americanos em termos econômicos, comerciais e de investimentos. “À medida que o Cone Sul — particularmente Brasil e Chile — buscam novos parceiros na Ásia e na Europa, a América Central e o México, junto com os países andinos, poderão ficar para trás e permanecer dependentes dos EUA e do Canadá como seus parceiros comerciais preferenciais e fornecedores de ajuda”, diz um trecho.
O relatório mostra o quão preocupado encontra-se o governo estado-unidense com a ascensão de países considerados sub desenvolvidos e como estes irão comportar-se quando isto ocorrer. Fica claro também que todas as recomendações sobre como o governo dos EUA deveria agir diante destas perspectivas foram mantidas confidenciais. Apenas o relatório final do estudo foi divulgado.
A emergência de quatro países como influentes atores globais — China, Índia, Brasil e Indonésia — e, principalmente, uma potencial forte aliança entre eles farão surgir não apenas um novo e poderoso bloco como também provocará transformações significativas na geopolítica mundial ao longo dos próximos 15 anos.
E instituições como as Nações Unidas, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial correrão o risco de se tornarem obsoletas se não se ajustarem às mudanças que serão provocadas pelo surgimento desse novo pólo de poder.
As potências arrivistas — China, Índia, e talvez outras como Brasil e Indonésia — poderão promover um novo conjunto de alinhamentos internacionais, marcando potencialmente uma ruptura definitiva de algumas instituições e práticas pós-Segunda Guerra”, diz um trecho do estudo obtido pelo GLOBO, e que deverá ser divulgado esta semana pelo NIC. As sugestões dos analistas que servirão de base à reavaliação da política externa americana, diante das previsões contidas no estudo, permanecerão sigilosas.
Outro trecho assinala que “China, Índia, Brasil e Indonésia têm o potencial de tornar obsoletas as antigas categorias de Leste e Oeste, Norte e Sul, alinhados e não-alinhados, desenvolvidos e em desenvolvimento. Tradicionais grupamentos geográficos cada vez mais perderão destaque nas relações internacionais.”
O Brasil é definido nesse quadro como “um país com vibrante democracia, economia diversificada e população empreendedora, um grande patrimônio nacional e sólidas instituições econômicas”. Os analistas do NIC insinuam que o Brasil estaria numa posição privilegiada pois continuará sendo encarado como “um parceiro natural tanto dos EUA quanto da Europa, quanto das potências emergentes China e Índia, “e tem ainda o potencial de aumentar a sua influência como um grande exportador de petróleo”.
A economia do Brasil poderá ser igual à dos países ricos da Europa, e a da Indonésia se aproximará desse índice. Assim como a Europa, o Japão e a Rússia sofrerão a crise do envelhecimento de sua população e do baixo índice de nascimentos. Segundo o estudo, apesar de a economia mundial continuar crescendo “de forma impressionante” até 2020 — ela deverá ser 80% maior do que a de 2000 e a média per capita será 50% mais alta —, os benefícios da globalização não serão gerais.
No entanto, em alguns deles (países latino americanos), “as falhas das elites em se adaptar às crescentes exigências dos mercados livres e da democracia provavelmente alimentarão um renascimento do populismo e incitarão movimentos indígenas”, adverte a previsão para os próximos 15 anos.
A globalização, segundo o estudo do Conselho Nacional de Inteligência dos EUA, poderá aprofundar a divisão e servir para separar ainda mais os países latino-americanos em termos econômicos, comerciais e de investimentos. “À medida que o Cone Sul — particularmente Brasil e Chile — buscam novos parceiros na Ásia e na Europa, a América Central e o México, junto com os países andinos, poderão ficar para trás e permanecer dependentes dos EUA e do Canadá como seus parceiros comerciais preferenciais e fornecedores de ajuda”, diz um trecho.
O relatório mostra o quão preocupado encontra-se o governo estado-unidense com a ascensão de países considerados sub desenvolvidos e como estes irão comportar-se quando isto ocorrer. Fica claro também que todas as recomendações sobre como o governo dos EUA deveria agir diante destas perspectivas foram mantidas confidenciais. Apenas o relatório final do estudo foi divulgado.